Vinho & Eu: Os principais tipos de espumantes
Vinho & Eu – Espumantes
Entenda as diferenças entre os principais tipos de espumantes
Neste Réveillon você vai brindar com espumante, prosecco, franciacorta ou champagne? Se a minha pergunta te pareceu sem propósito por considerar que estou falando da mesma bebida, é hora de continuar comigo para entender algumas diferenças existentes entre o fascinante vinho com bolinhas borbulhantes e decidir com qual deles você vai brindar a chegada de 2022.
Temos diversos exemplos de produtos cujas marcas foram pioneiras ou tão impactantes no mercado que se tornaram sinônimos da própria espécie do produto. Bombril se tornou sinônimo de esponja de aço, cotonete de haste flexível, band aid de curativos transparentes e, voltando ao nosso mundo, champagne se tornou sinônimo de espumante. Neste ponto podemos afirmar que todo champagne é espumante, mas nem todo espumante é champagne.
Para obter a característica que determina um vinho espumante, a bebida passa por duas etapas durante o seu processo de fermentação, sendo que na segunda fermentação é produzido gás carbônico, responsável por criar o efeito das bolinhas do espumante, que se chama perlage. Nesta segunda etapa, responsável pela produção da perlage, o vinho pode ser envelhecido tanto em barris de inox quanto em garrafas. O método de envelhecimento em barris de inox se chama Charmat, enquanto o método de envelhecimento diretamente nas garrafas se chama Champenoise, também conhecido como Clássico, e requer mais tempo até atingir o ponto ideal do vinho.
O Prosecco é produzido pelo método Charmat, o que lhe confere um aspecto bastante aromático e com teor alcoólico mais leve. Significa também que o Prosecco, assim como outros espumantes produzidos pelo método Charmat, tendem a perder as suas características ao longo dos anos, devendo ser consumido em até poucos anos após a sua produção. Já o Champagne e o Franciacorta, são produzidos pelo método Champenoise, conferindo-lhes maior longevidade e robustez.
Além dos métodos de produção, temos a questão do terroir que determina as denominações de origem controladas (DOC). Portanto, você beberá um Champagne apenas se o vinho tiver sido produzido na região francesa de Champagne, um Franciacorta se o vinho tiver sido produzido na região italiana de Franciacorta e um Prosecco se tiver sido produzido nas regiões italianas do Vêneto e Friuli-Venezia Giulia, especificamente nas áreas de produção do Prosecco. Se o vinho não tiver sido produzido em nenhuma dessas regiões, será um espumante, mas sem uma nomenclatura específica e não poderá ostentar os nomes dessas regiões.
Agora que você sabe as principais diferenças entre todos esses tipos de espumantes, basta escolher o que mais te agrada para festejar com muitas bolinhas borbulhantes.
Boas Festas e um Feliz Ano Novo!
Se você tiver dúvidas, comentários ou sugestões sobre o universo dos vinhos, escreva para mim em [email protected].
Foto: SuoViaggio©