Pernambuco – SuoViaggio Edição n. 43
Zélia Rodrigues - PublisherRevistas Américas, Brasil, Revistas 2022
PERNAMBUCO
Uma viagem pela história e cultura de Recife e Olinda
Essa nova edição de SuoViaggio foi finalizada em ritmo de Carnaval! E não poderíamos ter sido mais felizes ao nos deixar envolver pelo ritmo do frevo para trazer a você essa matéria sobre Pernambuco, destacando as cidades de Recife e Olinda que rivalizam pelo maior e melhor carnaval de rua de Pernambuco.
Com tantas coisas para falar sobre essas duas cidades magníficas, optamos por mergulhar na história e na cultura pernambucana, para trazer uma perspectiva nova para quem associa Pernambuco apenas às praias deslumbrantes que o estado oferece. Portanto, te convido a embarcar nessa viagem com a gente e descobrir um pouco mais sobre duas das cidades mais antigas do Brasil.
Seguindo esse rasto de história, a coluna “Vinho & Eu” desvenda a origem do vinho, trazendo a evolução dessa bebida tão apreciada em todo o mundo.
Por fim, em nosso artigo de abertura, dividimos com você a cobertura que fizemos do Roadshow 2022 de Portugal United no Brasil, que inaugurou o retorno dos eventos presenciais para promoção desse destino incrível.
Pernambuco
Uma viagem pela história e cultura de Recife e OlindaE depois de tanta expectativa, lá vem eles! Descendo as ladeiras da Cidade Alta com a imponência que o gigantismo lhes concede, os bonecos gigantes do Carnaval de Olinda aparecem para o delírio dos milhares de foliões que aguardavam ansiosamente por esse momento nas ruas do centro histórico da cidade. Os bonecos gigantes são elaborados com maestria e com tamanha atenção aos detalhes que impressiona até os observadores mais atentos e críticos, embora a grande parte do público esteja mais concentrada no frevo que corre solto enquanto os bonecos desfilam pelas ruas de Olinda exaltando beleza e alegria. E entre esses gigantes de papel marché nos deparamos com grupos de dançarinos com suas sombrinhas coloridas arrasando no frevo. Olhares bestificados observam com admiração e um tantinho de inveja aqueles casais fazendo peripécias ao som do frevo. Como conseguem fazer esses movimentos com as pernas? Essa é a pergunta que me fiz repetidamente ao observar os passos da dança típica de Pernambuco que foi inspirada nos passos da capoeira. Quisera eu ter vigor físico e coordenação motora para dançar o frevo, suspirei. Mas, ciente dos meus limites físicos e motores, aproveitei o momento apreciando a dança alheia com o meu olhar bestificado de admiração.
O Carnaval da Região Metropolitana de Recife é um dos maiores e melhores carnavais de rua do Brasil. Recife e Olinda mantém uma saudável rivalidade pelo título de melhor carnaval, cuja disputa resulta em um ganha-ganha, onde o resultado final se traduz em proporcionar festas lindas e grandiosas, escancarando alegria para todos os lados. Mesmo os mais tímidos acabam por se renderem à atmosfera festiva do carnaval dessas duas cidades de Pernambuco. Infelizmente, pelo segundo ano consecutivo, a pandemia da Covid-19 atrapalhou os planos de milhares de foliões e obrigou o governo local a cancelar o carnaval de 2022, mas certamente os bonecos gigantes e o galo da madrugada voltarão a encantar e a bestificar milhares de pessoas muito em breve.
Recife
Um mergulho na cultura e história pernambucana
A capital do estado do Pernambuco, com seus mais de 4 milhões de habitantes, soube conciliar muito bem desenvolvimento econômico com qualidade de vida, tanto é que Recife detém o melhor IDH de toda a região nordeste. Fundada em 1537, Recife é a capital de estado mais antiga do país e foi também uma das cidades mais prósperas do Brasil enquanto colônia, sobretudo durante o período de ouro da exploração da cana-de-açúcar e do pau-brasil. Ainda hoje Recife ostenta o maior PIB per capita do nordeste, rivalizando com outras capitais do sul e sudeste. Essa economia pujante já se nota pela chegada no aeroporto da cidade, com sua estrutura grande e moderna, se estendendo pela orla da cidade nova, com seus muitos prédios altos dando o tom de modernidade da cidade e fazendo um excelente contraste com a Recife antiga.
Recife também é um dos maiores polos culturais do nordeste brasileiro, sendo a cidade o berço de diversos artistas de sucesso na música, na dramaturgia, na literatura e nas artes plásticas brasileiras. No universo das artes plásticas, o artista de maior projeção é Romero Britto, que alcançou sucesso internacional criando obras irreverentes e coloridas que combinam elementos do cubismo com a street art para compor suas obras de forte apelo popular. Mas falar de arte pernambucana é falar de Francisco Brennand. O artista que faleceu recentemente deixou um patrimônio artístico maravilhoso para a sua cidade natal. Muitas das esculturas de Francisco Brennand podem ser apreciadas no museu ao ar livre do Parque das Esculturas Francisco Brennand. O museu a céu aberto conta com 90 esculturas do artista, inclusive com a famosa e controversa Torre de Cristal, obra de 32 metros de altura confeccionada em argila e bronze que ocupa lugar de destaque no parque e na cidade. Além do parque, é possível se aprofundar na obra de Francisco Brennand visitando a Oficina Brennand, que conta com um amplo acervo das obras do artista. Embora seja mais conhecido pelas esculturas, Brennand também produziu diversas obras de pintura, cerâmica, murais, desenhos e gravuras em seus quase 80 anos de trabalho. O jardim da Oficina exibe obras do artista, com destaque para o belo mural Mãe Terra e o Templo Central. A Oficina foi instalada na antiga fábrica de cerâmica da família, com acesso mais complicado a partir do centro da cidade, mas a visita vale muito a pena para conhecer as obras desse importante artista recifense. Outro Brennand famoso é Ricardo Brennand, empresário e grande colecionador de objetos históricos e de arte. Primo do artista Francisco, decidiu fundar o Instituto Ricardo Brennand em homenagem ao seu tio homônimo que sempre foi um incentivador das artes na família. O Instituto Ricardo Brennand está localizado no antigo Engenho São João, em uma área de 30 mil m2, onde as obras são expostas em meio à natureza da mata atlântica, proporcionando uma experiência de contemplação da arte singular. O instituto contempla uma galeria, uma pinacoteca, uma biblioteca, além do Museu Castelo São João, que conta em seu acervo com a coleção pessoal de Brennand de armas brancas, e o imenso Jardim de Esculturas. A beleza e a tranquilidade do lugar é um convite para um dia dedicado à contemplação da arte e da história de Pernambuco, esse estado magnífico que vai muito além de suas belas praias.
A biblioteca do Instituto Ricardo Brennand, com seus muitos exemplares de livros que retratam a história de Pernambuco, sobretudo durante a ocupação holandesa, nos inspira a querer saber mais sobre a época do Brasil Colônia, na qual Pernambuco era uma potência econômica graças ao açúcar. Fazendo uma viagem aos primórdios de Recife, como uma das principais cidades do Brasil Colonial, podemos ver vários resquícios da época em que a cidade esteve sob domínio holandês. A Companhia Holandesa das Índias Ocidentais ocupou a cidade entre 1630 e 1654, período em que Pernambuco era o centro econômico da Colônia. Atraídos pela riqueza da produção de açúcar da Capitania de Pernambuco, os holandeses empregaram um ambicioso plano de tomada de Pernambuco, escolhendo Recife como capital do Brasil Holandês, que passou a ser chamado no período da ocupação de Cidade Maurícia. Dentre os governantes da cidade, o de maior destaque é o Conde Maurício de Nassau, que governou a cidade entre 1637 e 1644. Maurício de Nassau fora um grande entusiasta da ciência e das artes, tendo trazido em sua comitiva médicos, naturalistas, arquitetos, engenheiros e pintores para estudar e retratar o novo mundo. As iniciativas progressistas de Nassau fizeram de Recife uma das cidades mais modernas da época, tanto que uma série de construções importantes para cidade, como pontes e canais, ainda podem ser vistas atualmente em Recife. Os sucessores de Nassau, a partir de 1644, não foram tão habilidosos no convívio com a população local, o que ensejou a Insurreição Pernambucana que saiu vitoriosa do conflito expulsando os holandeses em 1654.
A melhor forma de viver a história de Recife é passeando livremente pelo seu centro histórico. Embora muitos prédios importantes tenham sido destruídos ao longo dos anos de guerras e de reurbanização, como o Palácio de Friburgo, residência de Maurício de Nassau, ainda é possível ver ótimos exemplos da arquitetura barroca na cidade, mesmo que boa parte desse patrimônio histórico tenha sido destruída ou descaracterizada ao longo do tempo. O melhor ponto de partida para desbravar o centro histórico de Recife é exatamente no seu Marco Zero, na Praça Rio Branco, localizada próxima ao porto, local onde a cidade nasceu como o povoado de Ribeira do Mar dos Arrecifes dos Navios. Na praça se destaca a bela Rosa dos Ventos pintada no chão por Cícero Dias. No dique que fica sobre a confluência das águas do mar e do rio Capibaribe, está localizado o Parque das Esculturas do artista Francisco Brennand e o Farol de Recife, a única parte que restou do antigo Forte de São Francisco da Barra. Outro ponto de grande visitação da praça é o Letreiro de Recife, com a típica sombrinha de frevo ao seu lado. É bem verdade que muito do charme do centro histórico de Recife foi perdido com as modificações urbanas que a área sofreu ao longo do tempo, com avenidas largas em substituição às estreitas ruas em paralelepípedos e prédios modernos em meio aos poucos exemplares do casario antigo e colorido, mesmo assim continua sendo uma área vibrante que merece ser visitada com tempo para observar os detalhes do que foi preservado.
Alargando a visita ao centro histórico da capital pernambucana para a Praça da República, podemos ver prédios maravilhosos, construídos em diferentes estilos arquitetônicos. O Teatro Santa Isabel, construído entre 1841 e 1850, é um dos poucos exemplares da arquitetura neoclássica no estado. Com a sua fachada pintada em rosa e um interior opulento, com a predominância de uma bela tapeçaria em veludo vermelho, o teatro segue como um dos mais belos prédios de Recife. Além dos vários espetáculos, o teatro também foi um cenário importante na luta pela abolição da escravatura no Brasil, cujo palco foi muito utilizado por Joaquim Nabuco para proferir seus inflamados discursos contra a escravatura brasileira. Outro destaque da Praça da República é o Palácio da Justiça, onde funciona o Tribunal de Justiça de Pernambuco. Construído no local do antigo Palácio de Friburgo, residência do Conde Maurício de Nassau durante o seu governo em Pernambuco, o Palácio da Justiça, com o seu estilo eclético e ostentando uma grande cúpula de 45 metros, é um dos mais belos prédios históricos de Recife. De frente para o Palácio da Justiça fica o Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo de Pernambuco. Construído entre 1841 e 1843 pelo então Governador Francisco do Rego Barros (Conde de Boa Vista), esse palácio originalmente construído em estilo neoclássico, acabou sofrendo alterações que o transformaram em mais um belo exemplar da arquitetura eclética. É possível e altamente recomendada a visita guiada pelo interior do palácio, onde se pode apreciar o mobiliário e os detalhes decorativos de um dos prédios mais bonitos da cidade.
Com tanta história para contar, é natural que Recife também seja repleta de monumentos religiosos importantes. Impossível deixar a cidade sem conhecer o belo Convento de Santo Antônio. Esse convento da Ordem Franciscana, junto com a igreja de Santo Antônio, é um dos conventos franciscanos mais antigos e importantes do Brasil. Construído no século XVII, o convento foi transformado em forte durante a ocupação holandesa, retornando ao poder dos frades quando Recife foi retomada pelos portugueses. No interior do convento, o grande destaque fica por conta de seu claustro azulejado, um dos mais importantes e bonitos do período colonial. Mas, além do estupendo trabalho de azulejaria, o convento também conta com um rico mobiliário feito em jacarandá e obras de arte sacra. Já a Igreja de Santo Antônio, foi construída no século XVIII em substituição ao antigo oratório do convento, cuja fachada em estilo rococó é de uma riqueza de detalhes impressionante. Em seu interior fica a Capela Dourada, o ponto de maior visitação da igreja, onde estão expostas algumas obras de arte e exemplares de móveis seiscentistas entalhados pelo mestre José Gomes de Figueiredo.
Nessa viagem pelos grandes monumentos históricos de Recife, não poderíamos deixar de visitar a Basílica e o Convento de Nossa Senhora do Carmo. Construído em estilo barroco pela Ordem do Carmo de Recife entre os séculos XVII e XVIII, o complexo que abrange a basílica e o convento é um dos mais belos exemplares da arte barroca na cidade. A bela fachada da basílica, com sua torre solitária de 50 metros de altura, se destaca no Pátio do Carmo. Já o interior da basílica, decorado com talha dourada, também merece atenção especial dos visitantes, principalmente a capela-mor, onde se encontra uma imagem em tamanho natural de Nossa Senhora do Carmo. No interior do convento estão enterrados os restos mortais de Frei Caneca, que fez seus votos no convento e se tornou um personagem importante da história brasileira por liderar a Confederação do Equador, morrendo como mártir da revolução.
Com tantas atrações interessantes para os amantes de arte e história, Recife é uma cidade que deixa sempre aquele gostinho de quero mais em seus visitantes. Unindo modernidade e história, cultura de alto nível em diferentes artes, culinária típica de dar água na boca e festas que contagiam o público, a capital pernambucana é um dos destinos mais interessantes do nordeste brasileiro.
Olinda
Uma viagem no tempo para o Brasil Colônia
Localizada na área metropolitana de Recife, a cidade de Olinda pode ser facilmente visitada a partir da capital do estado, sendo uma das maiores atrações turísticas de Pernambuco, sobretudo na época do Carnaval. É bem verdade que esse ano a maior festa de rua de Olinda teve que ser cancelada por causa da proliferação da variante ômicron e da influenza H3N2, mas é possível se esbaldar ao som do frevo e do maracatu em festas privadas nos camarotes da cidade. Claro que essas festas não têm a magia dos desfiles das ladeiras do centro histórico de Olinda, mas os foliões não poderão se queixar da alegria que rola solta nos camarotes, providos com ótima infraestrutura e sistemas de open bar e open food.
Mas, com o sem bloco na rua, é possível se deslumbrar com a magnitude dos bonecos gigantes do carnaval de Olinda em qualquer época do ano. A Casa dos Bonecos Gigantes conta com um acervo de mais de uma centena de bonecos em exposição e está aberta para visitação diariamente e, através de um guia, é possível conhecer melhor a origem e os detalhes de confecção desses bonecos que roubam a cena em Olinda a cada carnaval. Os bonecos que retratam personagens importantes da história e da cultura do carnaval surgiram em Olinda em 1931, com a criação do Homem da Meia Noite, cujo sucesso foi tamanho que a partir daí iniciou-se o tradicional Encontro dos Bonecos Gigantes no centro histórico da cidade a cada edição do carnaval. Os primeiros bonecos gigantes eram confeccionados em madeira e papel marché, mas os bonecos mais modernos são feitos em fibras de apo, a partir de uma moldura de argila, chegando a ter 4 metros de altura e contando com traços de realismo impressionantes. O antes solitário Homem da Meia Noite, ganhou nova vida ao lado de sua companheira a Mulher do Meio Dia e, juntos, aumentaram a família com o Menino da Tarde. Ao lado dessa “família” de bonecos gigantes outros personagens fazem a festa dos foliões durante o carnaval e encantam os apreciadores que visitam a sua casa durante o resto do ano.
Na condição de uma das cidades mais antigas do Brasil, Olinda ainda conta com um centro histórico magnífico, declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1982. Portanto, ao visitar a cidade, é importante reservar um dia inteiro – no mínimo – para visitar as muitas atrações interessantes do seu centro histórico. Percorrer as ruas do centro histórico é como passear pela história do Brasil, em meio ao casario antigo e diversas construções quinhentistas de uma cidade que foi uma das mais prósperas do Brasil Colônia. Embora muitos monumentos tenham sido destruídos durante a invasão holandesa, ainda é possível visitar prédios históricos incríveis construídos em estilo barroco.
O melhor ponto de partida para desbravar o centro histórico de Olinda é a Catedral da Sé, localizada no alto da cidade. Fundada em 1540, a Sé é uma das igrejas mais antigas do Brasil. Essa igreja dedicada a Jesus Cristo sofreu terrivelmente com o incêndio promovido pelos holandeses em 1631, vindo a ser destruída quase por completo. A sua reconstrução se deu até o século XVIII, mantendo parte de suas características originais dos anos 1500, o que a consagra como a maior igreja quinhentista do país. Em seu interior, destacam-se os 24 painéis com passagens do Evangelho no teto da nave central da igreja. E por estar localizada no Alto da Sé, a catedral também conta com um mirante, proporcionando uma vista maravilhosa de Olinda e do mar. Outra igreja de Olinda que merece uma visita é a Igreja do Carmo, localizada na parte baixa da cidade. A Igreja do Carmo foi construída em 1580, quando a Ordem das Carmelitas se estabeleceu na região, sendo a mais antiga igreja carmelita das Américas. Tal como ocorreu com a Sé, a Igreja do Carmo sofreu sérias danificações com o incêndio realizado pelos holandeses na cidade, mas assim que os invasores holandeses foram expulsos, os trabalhos de reconstrução foram iniciados, durando cerca de 70 anos até a sua conclusão.
A forte influência da Igreja Católica no Brasil Colonial deixou à Olinda outros dois importantes monumentos históricos na cidade antiga, o Mosteiro de São Bento e o Convento de São Francisco. O Mosteiro de São Bento foi construído originalmente entre 1597 e 1599, sendo o primeiro mosteiro beneditino do Brasil, vindo a ser completamente destruído pelos holandeses em 1631. A reconstrução desse belo complexo que compreende o Mosteiro e a Basílica de São Bento foi iniciada em 1656 – logo após a expulsão dos holandeses de Olinda – e durou mais de um século, vindo a ser concluída somente em 1761. Construído em estilo barroco, o mosteiro e a basílica contam com um belíssimo interior, ricamente mobiliado com peças em jacarandá e cedro. O grande destaque do interior da igreja é o seu altar-mor, construído em madeira de cedro e totalmente folheado a ouro, com a imagem de São Bento ao centro. A vida e morte de São Bento estão retratadas no teto da sacristia e da capela-mor, respectivamente, em um trabalho magnífico que merece atenção especial dos visitantes. Já o Convento de São Francisco de Olinda é o convento franciscano mais antigo do Brasil. Fundado originalmente em 1585, o complexo que compreende o convento e a igreja precisou ser reconstruído entre os séculos XVII e XVIII, pois assim como outros importantes monumentos da cidade, foi parcialmente destruído pelos holandeses em 1631. No interior do convento, o grande destaque são os painéis cobertos por azulejos portugueses do claustro e da sacristia, em meio a moveis de madeira maciça entalhados com maestria.
Para saber como era a vida de uma família na Olinda antiga, vale a pena visitar o Museu Regional de Olinda, instalado na antiga residência episcopal. O solar que abriga o museu foi construído em estilo colonial na primeira metade do século XVIII e transformado em museu em 1935, por ocasião do IV centenário da cidade. O interior do museu guarda um acervo valioso de objetos da época colonial, como móveis, pratarias, porcelanas e outros objetos que explicam como era a vida na cidade em seu período de colônia portuguesa, além de uma área dedicada a obras sacras feitas em madeira e em terra-cota. Destacam-se as paredes decoradas com azulejos portugueses no interior da casa. O museu é pequeno e visitado em pouco tempo, mas permite aos seus visitantes uma visão da vida nesta cidade encantadora e que foi tão próspera e importante para o Brasil Colônia.
Embora as belas praias de Recife e Olinda sejam uma tentação constante, vale muito a pena dedicar alguns dias para se enriquecer com a história dessas duas belas cidades pernambucanas, que figuram entre as mais antigas do Brasil e têm muito para contar.
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