Nordkapp – SuoViaggio Edição n. 65
Alberto BalatroniRevistas Publicadas Europa, Noruega, Revistas 2025
NORDKAPP
Descubra Nordkapp, o ponto mais ao norte da Europa continental na Noruega.
Nesta edição, voltamos a viajar pelo Norte da Europa, visitando Nordkapp, considerado o ponto mais setentrional da Europa continental. Um verdadeiro “terraço” de onde se pode observar o horizonte em busca do Pólo Norte.
Conhecido por suas paisagens deslumbrantes e pelo fenômeno do sol da meia-noite, Nordkapp é um destino turístico imperdível. Explore a rica história cultural, as características naturais e as opções de transporte para chegar a esse marco icônico. Desde a diversidade da vida selvagem até a importância geopolítica, Nordkapp oferece uma experiência única para visitantes e pesquisadores, tornando-se um centro de convergência para a beleza do Ártico e as tradições da região.
Com curadoria da ZAffiro Viagens, apresentamos uma proposta de viagem à Noruega para conhecer Nordkapp e o tour exclusivo Jane Austen 250°.
Acomode-se e pegue numa manta, pode estar frio!
NORDKAPP
O ponto mais ao norte da Europa
Por Alberto Balatroni
A preparação para uma viagem a Nordkapp, conhecida como o “Fim do Mundo”, foi um processo repleto de entusiasmo e expectativas elevadas. A escolha do destino não foi acidental; a ideia de visitar um lugar tão remoto e emblemático no norte da Noruega fascinou-me desde o início. Nordkapp promete não apenas vistas deslumbrantes, mas também a experiência singular do sol da meia-noite, um fenômeno natural que muitos sonham em vivenciar.
As expectativas em relação à viagem foram moldadas por inúmeras pesquisas e relatos, a preparação envolveu absorver uma quantidade considerável de informações. A primeira impressão que tive foi de um local de beleza incomparável, cercado por vastas paisagens e a sensação única de estar em um dos extremos do mundo. Esses relatos intensificaram minha vontade de explorar a cultura local e a natureza exuberante que caracteriza a região.
Com o destino escolhido, a fase seguinte foi a preparação da bagagem. Isso envolveu considerar o clima imprevisível e as condições de viagem, uma vez que Nordkapp pode apresentar desafios, mesmo durante os meses de verão. Roupas quentes, calçados adequados para trekking e, claro, uma câmera para registrar cada momento foram itens essenciais que não podiam faltar. A ansiedade e a excitação cresceram à medida que cada item era adicionado à mala, cada qual representando um passo mais próximo da realidade desta jornada.
Enfrentar a sensação de aventura e os preparativos meticulosos me deixou com a expectativa de que essa viagem seria memorável. Almejar o sol da meia-noite e a singularidade de Nordkapp me proporcionou um nível de motivação que me acompanhou até o momento da partida, marcando o início de uma experiência única.
O Voo para Lakselv, o Aeroporto de Cabo Norte
Minha jornada para Nordkapp começou com um emocionante voo de Oslo para Lakselv, que incluía uma parada em Tromsø. A expectativa de chegar ao destino final, considerado o fim do mundo por muitos viajantes, me encheu de ansiedade e entusiasmo. Ao embarcar na aeronave em Oslo, eu mal podia conter a alegria de estar dando o primeiro passo para uma aventura única.
Durante o trajeto, as vistas pela janela foram de tirar o fôlego. À medida que sobrevoávamos a Noruega, pude observar a transformação da paisagem urbana em um cenário de natureza exuberante. Montanhas majestosas cobertas de neve e fiordes cintilantes se estendiam até onde a vista alcançava, um vislumbre do que estava por vir em Nordkapp. A paradinha em Tromsø me permitiu notar a beleza da cidade, com suas casas coloridas e o fundo montanhoso, um espetáculo que parecia ter saído de um cartão-postal.
E agora vamos voar para Lakselv. Uma afirmação ou uma pergunta?
Sabe aqueles aviões que a gente olha e pensa: “É nesse que eu vou?!”.
O voo de Tromsø para Lakselv foi em um desses! Um ATR 72 – modelo que, como italiano, já conhecia de outras viagens pela Itália, Alemanha, Áustria e Romênia.A sensação é de estar voando em um ônibus com asas, mas no bom sentido. A gente se sente tão perto do céu, das nuvens, do chão, que a experiência se torna muito mais intensa. É como se a cabine fosse uma bolha transparente, e você estivesse flutuando, totalmente conectado com o mundo lá fora. É um jeito diferente de viajar, mais íntimo e, de certa forma, mais emocionante!
Enquanto o voo progredia, a atmosfera dentro da cabine estava repleta de uma mistura de nervosismo e excitação. A maioria dos passageiros parecia estar tão ansiosa quanto eu, com um olhar atento para as janelas, capturando cada momento que se passava. A equipe de bordo, sempre atenta e cordial, ajudou a tornar a experiência ainda mais agradável, servindo uma refeição leve que sustentou nossos espíritos enquanto navegávamos pelo céu nórdico.
O aeroporto de Lakselv, que se tornou a porta de entrada para Nordkapp, é um pequeno, mas acolhedor ponto de chegada. Nele, percebi a importância de estar naquele local, pois é a última parada antes de se aventurar rumo ao extremo norte da Europa. Assim que desembarquei, a sensação de estar um passo mais perto de Nordkapp me envolveu e a promessa de uma experiência inesquecível começou a se tornar realidade.
O aeroporto de Lakselv, embora modesto em tamanho, desempenha um papel crucial no aconchego e na conexão de turistas e moradores com as maravilhas naturais da região. É a partir desse ponto que muitos começam sua jornada rumo a “Fim do Mundo”. Assim, a experiência no aeroporto não se limita a um mero ato de desembarque, mas é parte integrante da aventura que começa em um dos destinos mais remotos e fascinantes da Noruega.
A Jornada até Magerøya
A viagem de Lakselv até Magerøya, lar do famoso Nordkapp, foi uma experiência verdadeiramente memorável. A estrada serpenteava por entre montanhas majestosas e vales profundos, proporcionando uma visão indescritível da natureza nórdica. Com cada quilômetro percorrido, a paisagem se tornava mais deslumbrante, revelando fiordes esmeralda e rochas escarpadas que pareciam saídas de um conto de fadas. O contraste entre as cores vibrantes da flora que pontuavam o terreno e o azul profundo do céu contribuía para um espetáculo visual impressionante.
Enquanto dirigia, a sensação de tranquilidade era palpável. Ao lado da estrada, pequenos lagos refletiam o céu, criando um ambiente sereno que permitia ao viajante a oportunidade de se desconectar do mundo moderno. A viagem era um convite para desacelerar e apreciar a beleza crua da Noruega. A presença do vento suave e dos sons da natureza tornava cada parada uma pausa contemplativa, onde o tempo parecia parar. Essas paradas, muitas vezes imprevistas, revelavam tesouros escondidos, como fontes de água cristalina e vistas de tirar o fôlego que simplesmente não poderiam ser ignoradas.
A expectativa por Nordkapp crescia à medida que eu me aproximava do túnel que conecta o continente à ilha. O túnel, uma obra impressionante de engenharia, simbolizava a transição para um dos pontos mais ao norte da Europa. A ideia de estar tão perto desse marco histórico provocava um misto de emoção e reverência. Cada curva que eu atravessava parecia me aproximar ainda mais do meu destino, intensificando o desejo de explorar esse local icônico, onde o mar e o céu se encontram em um espetáculo inesquecível.
História de Nordkapp e Seus Visitantes Notáveis
Nordkapp possui um rico legado que remonta a séculos de exploração e descoberta. A sua importância geográfica e cultural atraiu numerosos visitantes e exploradores ao longo da história. Desde os tempos antigos, marujos e navegadores foram atraídos por sua localização ímpar, que serviu como um marco na navegação do Oceano Ártico.
Um dos primeiros registros significativos sobre Nordkapp é do navegador inglês Sir Martin Waldseemüller, que no início do século XVI mencionou a região em seus mapas, contribuindo para a conscientização da localização. O nome foi dado pelo explorador inglês Richard Chancellor em 1553, quando contornou o cabo durante uma expedição. Contudo, a verdadeira notoriedade do local começou a crescer no século XVIII, quando o explorador norueguês Vitus Bering passou por suas proximidades em suas viagens de exploração ao Ártico. Suas descobertas foram cruciais para a cartografia europeia, ao mesmo tempo em que inspiravam outros a seguir por rotas semelhantes.
Um verdadeiro ícone na história de Nordkapp é o explorador norueguês Fridtjof Nansen, que, em 1893, partiu em uma jornada épica em busca do Polo Norte. A sua expedição, que teve início nas águas geladas da região, ajudou a colocar Nordkapp nas páginas da exploração polar. Além disso, ao longo do século XX, o local continuou a atrair visitantes notáveis, incluindo várias figuras políticas e culturais, que buscavam testemunhar a beleza e a mística desse extremo do continente europeu.
As visitas de personalidades, desde artistas até cientistas, ajudaram a consolidar Nordkapp como um ícone cultural. A diversidade das motivações por trás destas visitas, desde a pesquisa científica até a apreciação artística, ilustra a relevância contínua de Nordkapp na narrativa histórica da exploração e da descoberta. Esse legado de visitantes ilustres realça a importância e a fama desse lugar único, que continua a cativar novas gerações de exploradores e turistas.
Explorando Nordkapp: Monumento ao Sol da Meia-Noite
Minha visita ao Monumento ao Sol da Meia-Noite em Nordkapp foi uma experiência verdadeiramente única, carregada de significados e emoções. Este local icônico, situado no ponto mais ao norte da Noruega, é um símbolo que representa a beleza do fenômeno natural do sol da meia-noite, onde, durante os meses de verão, o sol nunca se põe. Ao chegar, pude sentir a antecipação no ar, não apenas pelo cenário deslumbrante à minha frente, mas pela história e cultura que permeiam este lugar.
A escultura em si, composta por uma esfera metálica que brilha intensamente sob a luz do sol, é uma representação artística desse fenômeno extraordinário. Ela não é apenas uma atração turística, mas sim um tributo à conexão dos nórdicos com a natureza e ao modo de vida que se desenvolveu sob a luz imutável durante os meses de verão. Ao contemplar a escultura, uma onda de emoção invadiu-me, refletindo sobre como a cultura local se moldou em harmonia com esse espetáculo natural. A paisagem ao redor, com seus penhascos dramáticos e a vastidão do Oceano Ártico, apenas intensificou essa sensação de reverência e admiração.
Caminhar ao redor do monumento me proporcionou a oportunidade de interagir com outros visitantes, todos compartilhando a mesma fascinação. Imediatamente, percebi que a visita ao Monumento ao Sol da Meia-Noite era mais do que um simples passeio; era um momento de conexão com outros e com a natureza. A experiência foi um lembrete do magnífico poder da Terra, e a sensação de estar no extremo norte da Europa, onde o sol brilha continuamente, é algo que levarei comigo para sempre. A visita a Nordkapp e seu monumento é, sem dúvida, uma jornada ao fim do mundo que vale cada segundo.
Visita ao Globo de Nordkapp
A visita ao Globo de Nordkapp é uma experiência marcante para qualquer viajante que se aventure até o extremo norte da Europa. O Globo é um monumento emblemático que representa não apenas a geografia, mas também um símbolo do espírito de exploração. Localizado a cerca de 71 graus ao norte, este é o ponto frequentemente considerado o “Fim do Mundo”, e oferece uma vista espetacular do Mar de Barents e das paisagens árticas ao redor.
Ao chegar lá, uma sensação de reverência me envolveu. Estar diante do Globo de Nordkapp é como estar no limite do conhecido, onde a vastidão do oceano encontra o céu em um horizonte infinito. O monumento, uma esfera de metal que representa a posição geográfica do local, é adornado com placas que descrevem a história de exploração e o significado cultural desse lugar singular. A instalação é um ponto de encontro popular, atraindo turistas de todas as partes do mundo, que vêm capturar a essência do norte em suas câmeras.
Minhas impressões ao visitar o Globo foram de maravilhamento e reflexão. A grandiosidade da natureza ao redor e a história que esse lugar carrega tornam a visita algo mais do que apenas um destino turístico. Ao olhar para o horizonte, a beleza crua do ambiente ao redor evoca um sentimento profundo de pertencimento ao mundo natural. Durante minha visita, tirei diversas fotografias, tentando preservar a majestade daquele instante.
Às vezes, a natureza nos prega peças, não é mesmo? A gente viaja com uma expectativa, com o sonho de presenciar um espetáculo como o do sol da meia-noite, e o céu resolve se cobrir. Na fotografia, tirada exatamente à meia-noite daquele 13 de junho, mostra perfeitamente a ironia do destino: a escuridão onde deveria haver luz.
Mas o que é verdadeiramente belo nesta história é o que eu senti. Em vez de me frustrar com a falta de sol, eu a vi de uma forma muito mais profunda: com a minha imaginação. A falta de brilho no céu foi compensada pela capacidade de ver além das nuvens, de sentir a magia do momento mesmo com a paisagem cinzenta. É como se a experiência não estivesse no que você vê, mas no que você sente e no que você cria dentro de si. E, no final, esta é uma memória única, só minha.
O Monumento às Crianças do Mundo
Este monumento não é só um lugar para ver, mas um lugar para sentir. É como se fosse um convite para você parar um pouco e refletir, algo raro no corre-corre de hoje. Esse monumento, que começou a ser idealizado lá em 1988, é mais que uma estátua; é a representação de uma ideia que nunca envelhece: a de um mundo melhor para as crianças.
Ele nos lembra que a infância é a base de tudo e que os ideais de pessoas como Simon Flem Devold, que deram vida a esse projeto, ainda ecoam por aí. É um lugar para pensar sobre a nossa responsabilidade, sobre o que estamos construindo e sobre o tipo de mundo que queremos deixar para as futuras gerações.
Não é um ponto turístico para tirar uma foto e ir embora, e sim um espaço para se reconectar com uma das causas mais nobres que existem: a proteção e a felicidade das crianças.
O Salão Nordkapp e a Capela de São João
Durante minha visita ao extremo norte da Noruega, a experiência no Salão Nordkapp e na Capela de São João foi um dos pontos altos da minha jornada. O Salão Nordkapp, um espaço moderno e informativo, oferece uma gama de exposições interativas que contam a história e a cultura da região. Os visitantes têm a oportunidade de aprender sobre os indígenas Sami, as tradições da pesca e o impacto da natureza no modo de vida local. A arquitetura do salão é impressionante, com grandes janelas que proporcionam vistas panorâmicas do famoso ponto Nordkapp, criando um ambiente que conecta a natureza ao conhecimento.
Ao me dirigir à Capela de São João (St. Johannes Kapell), localizada nas proximidades, fui acolhido por um espaço intimista. Este templo, inaugurado em 1959, é um local de culto e também um marco de encontro para pessoas de diversas origens, não é uma igreja tradicional, mas sim uma capela ecumênica que fica no interior do complexo turístico do Cabo Norte.
Ela fica “escondida” sob a rocha da estrutura principal do promontório de Nordkapp, um lugar conhecido por suas vistas dramáticas e ventos fortes. Ao descer as escadas que levam à capela, você deixa para trás a agitação do centro de visitantes e entra em um espaço de profunda tranquilidade.
O ambiente da capela é muito intimista, dominado pela luz suave e trêmula de velas, que reflete nas paredes de pedra. Esse tipo de iluminação cria uma atmosfera acolhedora e reverente, nos convidando à introspecção e à paz. É um refúgio para quem busca um momento de silêncio e reflexão, longe do burburinho do mundo exterior.
Embora seja um local de culto, a Capela de São João também é um espaço popular para casamentos e outros eventos, oferecendo um cenário único e memorável para celebrações especiais. Sua simplicidade e beleza natural, combinadas com a localização extrema, a tornam um destino simbólico e emocionante para muitos visitantes.
A Capela de São João é um contraste fascinante com a paisagem selvagem e imponente do Ártico. É um lembrete de que, mesmo nos lugares mais remotos e inóspitos, é possível encontrar um espaço de serenidade, reflexão e beleza.
Ambos os locais, o Salão Nordkapp e a Capela de São João, complementam perfeitamente a experiência de uma visita ao Nordkapp. O salão oferece um contexto histórico e educacional que enriquece a compreensão da região, enquanto a capela proporciona um espaço de reflexão e conexão espiritual. Juntos, eles representam o espírito e a cultura que fazem de Nordkapp um destino único e inesquecível.
O Museu Tailandês e sua singularidade
Imagine-se no ponto mais ao norte da Europa continental, um lugar de ventos fortes e paisagens geladas. E é no meio desse cenário espetacular que você descobre algo totalmente inusitado e tocante: The Thai Museum.
A primeira sensação ao entrar nesse pequeno espaço, que fica dentro do centro de visitantes, é de surpresa. O que a Tailândia, um país tropical, tem a ver com o extremo norte da Noruega? A resposta está em uma história fascinante e um tanto romântica.
Em 1907, o rei tailandês Chulalongkorn, também conhecido como Rama V, fez uma viagem audaciosa pela Europa. Um dos pontos mais surpreendentes de seu roteiro foi a visita a Nordkapp. Imagine um monarca do sudeste asiático, acostumado ao calor e à exuberância da selva, viajando para o Ártico. Ele ficou tão maravilhado com a paisagem, a imensidão do mar de Barents e o sol da meia-noite que deixou sua marca, gravando sua assinatura em uma rocha.
O museu é uma homenagem a essa visita e aos laços de amizade que ela criou entre a Noruega e a Tailândia. Lá dentro, você encontra fotos antigas da viagem, cópias dos escritos do rei — onde ele descreve suas impressões sobre a Noruega — e presentes da Família Real Tailandesa.
Ao percorrer a pequena sala, a sensação que domina é de admiração. Admiração por um rei que, há mais de cem anos, se aventurou por um mundo totalmente diferente do seu e deixou um legado de curiosidade e amizade. O museu não é sobre a Tailândia em si, mas sobre a conexão humana, a coragem de explorar e o poder de uma viagem de criar pontes entre culturas tão distantes. É um lembrete caloroso, em meio ao frio ártico, de que a curiosidade e o respeito podem unir pessoas e nações, não importa o quão longe elas estejam.
Uma das singularidades do museu é a profunda conexão que ele estabelece entre a Tailândia e a Noruega. Essa relação se fortalece por meio de colaborações que vão desde intercâmbios artísticos até programas educacionais que buscam aproximar as culturas dos dois países.
Retorno a Honningsvåg e o Museu Nordkapp
Após a espetacular experiência em Nordkapp, meu retorno à cidade de Honningsvåg foi marcado por uma expectativa elevada, especialmente pela visita ao Museu Nordkapp. Este local não é somente um local expositivo; é um testemunho vibrante da rica história e cultura da Lapônia. O museu revela a intersecção entre o homem e a natureza em uma região de extremos, onde o clima árido e as longas noites de inverno moldam a vida cotidiana.
Ao explorar as diversas seções do museu, fui imediatamente envolvido pela narrativa apresentada sobre as tradições dos Sami, o povo indígena da região. Em uma das exposições, pude observar trajes típicos e utensílios artesanais que refletem tanto a habilidade quanto a resistência desta comunidade. Cada artefato contava uma história, e a conexão entre a terra, os recursos naturais e as práticas culturais me fizeram refletir sobre a importância da preservação dessas tradições.
Uma seção que me impressionou particularmente foi a dedicada à história da pesca, essencial para a economia local. A exibição detalhava técnicas ancestrais e os desafios enfrentados pelos pescadores ao longo dos anos. Essas histórias de luta e adaptação diante de adversidades ressoaram em mim, destacando a tenacidade do povo de Honningsvåg. A forma como o museu consegue entrelaçar fatos históricos com relatos pessoais dá vida à história da região.
Além dos objetos expostos, o museu oferece uma visão profunda sobre a relação do ser humano com as adversidades naturais, um tema relevante na Lapônia. Para mim, a visita ao Museu Nordkapp foi mais do que uma mera exploração; foi uma verdadeira imersão na cultura e na história de um lugar cujas características moldam não somente o ambiente físico, mas também a identidade de seu povo.
Explorando o Porto de Honningsvåg
O porto de Honningsvåg, localizado na Noruega, é um dos destinos mais marcantes que pude explorar durante minha aventura em Nordkapp. Este porto, que serve como a porta de entrada para o famoso Cabo Norte, está imerso em uma atmosfera vibrante, repleta de atividades e encanto natural.
Além disso, o porto de Honningsvåg atua como um centro de excursões para cruzeiros que exploram as belezas naturais da região. Os turistas têm a oportunidade de se aventurar em passeios de barco, navegando por paisagens dramáticas e avistando a fauna marinha, incluindo as majestosas águias do mar. Este porto é, portanto, não apenas um ponto de partida para muitas aventuras no mar, mas também um reflexo da história e da vida cotidiana de Honningsvåg.
E o Sol da Meia-Noite?
Ao fim de minha jornada pelo extremo norte da Europa, finalmente realizei o meu sonho de ver o Sol da Meia-Noite! Aconteceu quando retornei a Lakselv, um lugar que agora guardo no coração. Depois de tanto tempo desejando presenciar esse espetáculo da natureza, finalmente o sol se recusou a ir embora, e a noite se transformou em um crepúsculo infinito.
Pode parecer estranho, mas ver a luz que persiste 24 horas por dia é uma experiência surreal. Aquele sol, que deveria ter se posto há horas, continua brilhando no horizonte, banhando a paisagem com uma luz dourada e suave. A sensação é de que o tempo parou, de que a natureza está te convidando para um momento de pura contemplação.
A emoção de ter o desejo realizado foi a melhor despedida que eu poderia ter tido. Depois desse momento mágico, embarquei no avião de volta para casa, levando na bagagem não apenas lembranças, mas também a certeza de que a beleza da natureza é a maior recompensa que uma viagem pode oferecer.
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