Série: Viagem Pelas Capitais Brasileiras

Nova Parada: Rio Branco

Entre a história do Ciclo da Borracha e centenas de geóglifos amazônicos, a capital do estado do Acre surpreende os seus visitantes

O estado do Acre, no norte do Brasil, não costuma ser muito conhecido dos brasileiros. Aliás, quando se torna notícia, normalmente é sobre os índices de pobreza da região, mas deixando de lado os estereótipos que o Acre carrega, é provável que se tenha boas surpresas, sobretudo vindas de sua capital, Rio Branco.

Localizada na parte mais ocidental do Brasil, Rio Branco é uma das capitais mais isoladas do país, sobretudo por causa da baixa oferta de voos que a ligue às grandes cidades das regiões sul e sudeste. Mas quem tiver a curiosidade de conhecer um pouco mais dessa região, vai se encantar com as peculiaridades da cultura dos rio-branquenses, sentidas imediatamente no sotaque local. Rio Branco é banhada pelas águas do rio Acre, sendo o bairro histórico de Gameleira um ótimo ponto de partida para percorrer a orla a pé com os casarões antigos pintados de diversas cores de fundo.

A capital que nasceu e se desenvolveu graças ao Grande Ciclo da Borracha, ocorrido entre o fim do século XIX e o início do século XX, tem entre suas principais atrações o Museu da Borracha, que conta a história do maior ciclo econômico e de desenvolvimento demográfico da região. Outros importantes casarões históricos e coloridos estão localizados na região do Novo Velho Mercado. Sim, o nome até parece machucar a língua portuguesa, mas o “novo” do nome tem a sua razão de existir, já que foi introduzido após a revitalização da região central da capital. Em muitos desses casarões funcionam bares e restaurantes, que costumam lotar no fim da tarde e nos fins de semana. Também vale a pena dedicar um tempo para conhecer o belo Palácio Rio Branco, antiga sede do Governo do Acre que foi transformado em museu e conta com uma exposição permanente sobre a história do estado.

E uma excelente forma de encerrar a visita à pouco conhecida capital do Acre é fazendo um passeio de balão para apreciar os belos geóglifos da Amazônia, que são grandes figuras geométricas formadas no solo e que arrancam suspiros de seus admiradores.

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