Por Heiko Obermüller, sócio-diretor do Duke Beach Hotel

O turismo global está passando por uma transformação sem precedentes. Mercados tradicionais, como Estados Unidos, Europa Ocidental, Japão e Canadá, que historicamente sustentaram o setor, enfrentam um crescimento cada vez mais tímido devido a fatores demográficos e econômicos.

Enquanto isso, mercados emergentes como China, Índia, Brasil, Sudeste Asiático e os estados do Golfo (GCC) estão assumindo o protagonismo, redefinindo o futuro do turismo global.

Com classes médias em ascensão, jovens consumidores aspiracionais e uma crescente demanda por experiências de viagem, esses mercados estão moldando uma nova era para a indústria. A China, por exemplo, é um caso emblemático: apenas no primeiro trimestre de 2024, o turismo outbound chinês cresceu 17%, com 44 milhões de viajantes explorando o mundo. Até o final de 2025, espera-se que 180 milhões de turistas chineses viagem para o exterior.

No Brasil, o turismo de luxo também está ganhando destaque. Um exemplo notável é o Duke Beach Maresias, localizado no litoral norte de São Paulo. Posicionado como um precursor no segmento de hospitalidade premium, o Duke Beach combina sofisticação, lifestyle e experiências personalizadas, atraindo tanto viajantes nacionais quanto internacionais. A propriedade é um exemplo de como o Brasil está se adaptando às novas demandas de um público exigente, que busca autenticidade e exclusividade.

Adaptação: A Nova Regra do Jogo

Para atender a esses novos viajantes, a indústria precisa ir além do básico. Não basta oferecer um quarto confortável ou um resort bem localizado. É necessário reimaginar a experiência de hospitalidade, ajustando estratégias de marketing, personalizando serviços e entendendo as nuances culturais dos mercados emergentes.

Entre as principais tendências de adaptação estão:

Marketing direcionado: Foco em mercados como Delhi, Wuhan, Jacarta e São Paulo, em vez de apenas cidades tradicionais como Düsseldorf ou Londres.
Treinamento cultural: Equipes de recepção e restaurantes precisam estar preparadas para atender às expectativas culturais e linguísticas de viajantes chineses, indianos e árabes.
Infraestrutura tecnológica: Ferramentas como WeChat Pay, Alipay e QR codes para pagamentos são indispensáveis para atrair consumidores desses mercados.
Customização de serviços: Cardápios que respeitam restrições alimentares religiosas, sinalização
multilíngue e comodidades específicas, como chaleiras nos quartos, são diferenciais importantes.

Alguns destinos e hotéis ao redor do mundo já estão liderando essa transformação:

Áustria: Hotéis boutique em Viena que treinam suas equipes para usar plataformas de pagamento chinesas.
Itália: Shoppings de luxo em Milão que redesenharam sua sinalização para acomodar compradores que falam chinês e árabe, aumentando as vendas em 40% em um ano.
Brasil: O Duke Beach Maresias se destaca ao oferecer uma experiência que combina sofisticação, exclusividade e um profundo entendimento das expectativas de viajantes exigentes, consolidando-se como referência no segmento de luxo no país.
Espanha: Resorts que oferecem menus de spa em mandarim e hospedam influenciadores do Little Red Book

O Futuro Já Chegou: O turismo global não espera por ninguém. Mercados emergentes estão moldando o futuro do setor, e aqueles que não se adaptarem correm o risco de ficar para trás. A boa notícia é que a mudança é possível, e os exemplos de sucesso mostram que as recompensas são significativas.

Seja você um hotel, um destino ou uma marca de hospitalidade, o momento de agir é agora. O futuro do turismo não está no horizonte. Ele já chegou.

Sobre o Duke Beach Maresias

O Duke Beach Maresias é uma propriedade de luxo localizada no litoral norte de São Paulo, reconhecida por sua hospitalidade premium e experiências personalizadas. Combinando sofisticação e lifestyle, o Duke Beach se posiciona como um dos principais destinos para viajantes exigentes no Brasil.