Intervenção urbana na Praça das Artes em São Paulo
Rizza transforma adorno corporal
A instalação intitulada como “Auri”, idealizada pela artista Rizza, faz parte do projeto “Contemporâneas Vivara”, projeto que reafirma o compromisso com a visibilidade de mulheres artistas e a pluralidade da produção artística brasileira.
A artista visual Rizza, conhecida por transformar ambientes através de interferências visuais que exploram luz, óptica e movimento, participa da megaexposição “Nem Tudo que Reluz”, realizada pelo projeto Contemporâneas Vivara. A iniciativa reúne 21 artistas mulheres de diferentes gerações, origens e linguagens, que propõem uma imersão sobre a importância dos adornos para a construção e transmissão cultural, política e social.
A instalação da artista Rizza, intitulada “Auri”, foi projetada especialmente para a empena da Praça das Artes, no centro de São Paulo. Rizza propõe uma instalação em que o adorno se desloca da escala do corpo para a escala da cidade, sem perder sua potência simbólica e sensível. Uma extensa malha metálica dourada é aplicada sobre o concreto bruto do edifício, sugerindo uma relação onde a arte não se impõe, mas estabelece diálogo com projeto arquitetônico, criando fricção entre materialidades, peso e leveza, opacidade e brilho, rigidez e movimento.
Em “Auri”, a instalação tensiona os limites entre corpo e cidade ao transpor o adorno para uma escala monumental. A malha dourada, altamente reflexiva, responde às variações de luz e movimento do vento, tornando a instalação um organismo visual em constante transformação.
Com a ação do vento, a malha adquire movimento constante, chamando atenção para a materialidade da obra. Esse dinamismo remete diretamente aos corpos artísticos que integram a Praça das Artes, como o Balé da Cidade de São Paulo, a Escola Municipal de Música e a Escola de Dança de São Paulo, e reforça o vínculo entre prática artística, espaço urbano e percepção daqueles que vivenciam diariamente esse ambiente.
Auri insere-se, portanto, em uma zona de convergência entre arte, arquitetura e cidade, ao mesmo tempo em que amplia o entendimento de adorno, capaz de reconfigurar o modo como olhamos e nos relacionamos com o espaço construído.
Sobre Rizza
Natural de Belo Horizonte, Rizza residente na capital paulista, é artista plástica e se inspira nos fenômenos ópticos. Sua produção artística se desdobra em diferentes linguagens, de esculturas à instalação, através de uma variedade de técnicas, incluindo o uso da tecnologia na construção das suas obras. Representada pela Zipper Galeria, estreou em 2025 a exposição individual “Gesto Paramétrico”, onde consolidou sua carreira apresentando obras de grande, sob curadoria de Marc Pottier. O trabalho de Rizza está frequentemente presente nas principais feiras de artes brasileiras, como SP-Arte e Arte Rio. Rizza possui diversos trabalhos de caráter instalativo, assim como intervenções públicas e comissionados em locais emblemáticos de São Paulo e Belo Horizonte. No ano de 2024, passou a integrar, com a instalação ‘Fóton’, uma das mais relevantes coleções de arte do país, a Usina de Arte, em Pernambuco.
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