Casa Bradesco recebe exposição internacional de Eva Jospin
“Re-Selvagem – Natureza Inventada”
Conteúdo Publi-Editorial
Celebrada pelas instalações densas e complexas, a artista convida o público a entrar em florestas místicas com a obra de grande escala “Selva”, em exibição inédita no Brasil.
A Casa Bradesco apresenta a exposição “Re-Selvagem – Natureza Inventada”, da artista visual francesa Eva Jospin, reconhecida internacionalmente por criar paisagens imersivas e meticulosas a partir de composições feitas de seda, linho e papelão. A mostra, em cartaz de 6 de setembro a 7 de dezembro, reúne 14 obras de grande escala – entre instalações, bordados, desenhos e vídeos – e evidencia a pluralidade técnica e simbólica da artista sob a curadoria de Marcello Dantas. Um dos destaques é “Selva”, considerada um dos marcos na trajetória de Jospin, que será exibida pela primeira vez no Brasil. A exposição será gratuita durante o final de semana de abertura e contará ainda com duas vivências ao vivo do grupo Coco do Pajé, composto por indígenas em retomada no Estado de São Paulo, que vão dialogar com a obra Côté cour / côté jardin, de Eva Jospin.

A reinvenção da natureza
O trabalho de Jospin investiga a natureza – especialmente a floresta – como um espaço simbólico, misterioso e sagrado, inspirado por contos tradicionais, mitologias universais e uma forte dimensão arquitetônica, com referências ao barroco italiano. As obras exploram materiais e escalas para guiar o olhar em múltiplas direções, revelando tanto a grandiosidade quanto a minúcia dos detalhes. Em conjunto, propõem uma revalorização da identidade selvagem intrínseca da matéria. A celulose do papel, extraída das florestas e moldada por processos industriais, é reconectada à sua essência original por meio do ato artístico. Este projeto convida a arte a restaurar o “ethos” da matéria através de uma artesania que reconstitui sua força primitiva, recriando a selva a partir dos subprodutos da indústria.
“‘Re-Selvagem – Natureza Inventada’ é um chamado ao retorno da matéria à floresta, da técnica à mão, do olhar à imaginação. Jospin nos lembra que, mesmo aquilo que foi domesticado, cortado e transformado pode, pela arte, reencontrar sua força e vitalidade selvagem, nos conduzindo de volta à imensidão misteriosa que carregamos por dentro. Mais do que representar a selva, suas obras evocam a memória, o mito e o desejo de pertencer a um ambiente mais orgânico e intuitivo. Ao criar florestas, selvas e paisagens inventadas a partir de materiais transformados com rigor artesanal, Jospin nos convida a sonhar com esses lugares inconscientes, provocando uma reconexão sensível e poética com o mundo natural,” declara o curador da Casa Bradesco e da exposição, Marcello Dantas.
Destaque incontestável da 60ª Bienal de Veneza no Palazzo Pesaro degli Orfei, a instalação “Selva” traz um ambiente imersivo que recria uma floresta imaginária a partir de materiais como papelão, madeira e fibras naturais. Com árvores retorcidas, passagens labirínticas e estruturas que remetem a chalés de contos de fadas, a obra nos conduz por um universo que mistura fantasia, memória e ancestralidade. “Minha floresta é totalmente mental, não figurativa. Ela reflete preocupações humanas: a ideia de se perder ou se encontrar, nossa relação com a infância nos contos e nossos medos arcaicos… Minhas florestas são um refúgio para a fuga mental,” compartilha a artista.
Ao mesmo tempo monumental e minuciosa, Selva impacta por sua força poética e pela sensação de deslocamento que provoca: como se, ao cruzar seus arcos e caminhos, o visitante deixasse o presente para habitar uma paisagem suspensa no tempo, onde o natural e o artesanal se confundem em camadas de narrativas visuais.

Jardim de tecidos
Outro destaque da exposição é a obra Chambre de Soie (2021–2024), painel monumental que envolve o espectador em uma experiência imersiva, onde natureza, arte e artesanato se entrelaçam em um jardim bucólico de tecidos. Cenário da coleção AW21 para a alta-costura da Maison Dior, a instalação de 3,5 metros de altura e 107 metros de comprimento é inteiramente composta por bordados feitos com 400 tonalidades de fios de seda, cânhamo, linho e algodão, produzidos manualmente pela Chanakya School of Craft, na Índia. Embora tenha ganhado projeção ao ocupar a Orangerie do Palácio de Versalhes, Chambre de Soie transcende o espaço histórico: trata-se de uma “sala-paisagem” que flutua entre o clássico e o contemporâneo, o minucioso e o grandioso — um testemunho da força poética e da visão singular da artista. A exposição conta ainda com outras 12 obras do repertório da artista.
Ano Cultural BrasilFrança 2025
A exposição “Re-Selvagem – Natureza Inventada” integra oficialmente a Temporada FrançaBrasil / Ano Cultural BrasilFrança 2025, iniciativa que celebra os 200 anos de relações diplomáticas entre os dois países e reúne mais de 300 eventos culturais até dezembro de 2025, com foco em temas como clima e transição ecológica, diversidade social e diálogo com a África, e fortalecimento da democracia e do Estado de Direito. A mostra de Jospin reforça o propósito cultural e diplomático da temporada no Brasil.
Vivências Coco do Pajé na abertura
Nos dias 06 e 07 de setembro, às 15h, acontece o “Toré Ritual de Retomada” e “Toré Ritual Pankararu” respectivamente, vivência conduzida pelo grupo Coco do Pajé, composto por indígenas em retomada no Estado de São Paulo, que vão dialogar com a obra Côté cour / côté jardin, de Eva Jospin. O grupo tem como premissa as referências dos cocos nordestinos, com um foco especial nas referências trazidas pelo grupo pernambucano Coco de Toré Pandeiro do Mestre. Sua natureza é a de uma “retomada”, por se tratar de um coletivo paulista que engaja indivíduos de São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco numa simbólica nova aldeia para a construção de sua própria identidade sonora e musical.
“Re-Selvagem – Natureza Inventada”
- Curadoria: Marcello Dantas
- Data: de 6 de setembro a 7 de dezembro
- Horários: Terça a domingo, das 12 às 20h (fechado às segundas-feiras)
- Local: Casa Bradesco – Alameda Rio Claro, 190, Bela Vista (dentro da Cidade Matarazzo)
- Classificação etária: livre
- Ingressos: Gratuito nos dias 6 e 7 / Após: R$50
- Disponíveis no aplicativo MATA APP e na bilheteria física.
- Terças-feiras: entrada gratuita mediante agendamento via aplicativo.
- Clientes dos cartões de crédito e débito Bradesco e next: descontos exclusivos em ingressos adquiridos para dias de semana (50%) e finais de semana/feriados (25%).
Relação completa de obras em ordem alfabética:
“Chambre de Soie”; “Côté Cour / Côté Jardin”; “Embroidery 1”; “Embroidery 2”; “Embroidery 3”; “Entrée de la Chambre de Soie”, “Forêt A”; “Forêt B”; “Galleria”, “Petit folie”; “Promontoire”, “Selva” e “Video Dessin” e “Video Forêt”.
Sobre Eva Jospin
Nascida em Paris em 1975 e formada na École Nationale Supérieure des Beaux-Arts, Eva Jospin construiu ao longo de quinze anos uma carreira de destaque internacional. Ganhadora do Prix de l’Académie des Beaux-Arts em 2015 e residente da Villa Medici em 2017, já expôs em renomados espaços como o Palais de Tokyo, o Palazzo Dei Diamanti e a Hayward Gallery. Suas obras também incluem instalações monumentais, como Panorama na Cour Carrée do Louvre e Cenotáfio na Abadia de Montmajour. Em colaborações notáveis, criou cenários para desfiles de moda da Dior e obras permanentes em locais como o Domaine de Chaumont-sur-Loire e a loja Max Mara em Milão. Eva Jospin continua a expandir seu impacto no cenário da arte contemporânea, com exposições recentes no Museu Fortuny, em Veneza, e na Orangerie de Versalhes. Em 2024, suas criações estiveram presentes em diversos eventos ao redor do mundo, que antecedem sua intervenção no Grand Palais em Paris em novembro de 2025, reafirmando sua posição como uma das artistas mais inovadoras de sua geração.
Sobre a Casa Bradesco
Com o objetivo de democratizar e potencializar expressões artísticas, a Casa Bradesco é um centro de criatividade na região da Avenida Paulista que promove uma nova forma não só de apreciar as artes, mas de criá-las. Com uma infraestrutura única, integrada à natureza e à tecnologia, o espaço reflete a sinergia entre a Cidade Matarazzo e o Bradesco, comprometidos com o acesso aos mais diversos tipos de manifestações culturais na cidade de São Paulo. Projetada para ter quatro salas interdisciplinares, a Casa Bradesco abriu suas portas em setembro de 2024, com um espaço expositivo de dois mil metros quadrados, estreando com uma exposição retrospectiva do artista internacional Anish Kapoor, um dos mais expressivos nomes da arte contemporânea global. Futuramente, o centro de criatividade também terá um espaço focado em criatividade infantil, um laboratório focado no desenvolvimento de jovens nas diversas expressões de arte e uma sala multilinguagem, que oferecerá uma programação diversificada e imersiva.
Sobre a Cidade Matarazzo
Localizada a poucos metros da Avenida Paulista, a Cidade Matarazzo é um Portal onde é possível alcançar uma nova consciência através da conexão com a natureza e consigo mesmo.
Um espaço onde as regras da natureza transformam e influenciam experiências cuidadosamente curadas em cultura, hospitalidade, comida, moda, beleza, design, negócios e longevidade, promovendo uma vida melhor. Cada um desses pilares de experiências é denominado “Bioma”, uma referência aos ecossistemas que abrigam a vida vegetal e animal, garantindo que todas as vivências oferecidas no local sejam interconectadas e interdependentes, assim como no meio ambiente. Matarazzo é uma jornada de regeneração, que resulta em uma nova versão de cada um e da humanidade. É um lugar físico e espiritual onde a beleza inspiradora estabelece novas referências e provoca novos comportamentos.
A Cidade Matarazzo é reconhecida como o maior projeto privado de regeneração urbana e restauro do patrimônio histórico do país, foi inaugurada em 2022, e conta com dez edifícios, incluindo prédios tombados, em um terreno de cerca de 30 mil metros quadrados e 136 mil metros quadrados de área construída. O projeto surgiu a partir da idealização do empresário francês Alexandre Allard, que, em 2011, adquiriu o antigo Complexo Hospitalar Umberto I, conhecido popularmente por Hospital Matarazzo. Atualmente, o espaço abriga o Rosewood São Paulo, premiado como melhor hotel da América Latina e 23o hotel do mundo; a Torre Mata Atlântica, maior verticalização verde do Brasil; o edifício corporativo que abriga a AYA Earth Partners, o primeiro e maior ecossistema dedicado a acelerar a economia regenerativa e carbono zero do Brasil; a Capela Santa Luzia; além dos restaurantes Le Jardin, Blaise e Taraz (top 10 restaurantes de São Paulo) e dos bares Rabo di Galo (melhor bar da cidade), Emerald Garden Pool e Bela Vista Rooftop Pool.
O ecossistema da Cidade Matarazzo continua crescendo, e a inauguração da Casa Bradesco, em setembro de 2024, marca a aceleração da segunda fase de lançamentos do projeto, logo depois da abertura da primeira Soho House da América do Sul, inaugurada em junho de 2024. Essa fase contará com a inauguração da “Sua Rua”, conectando a avenida Paulista a Cidade Matarazzo, além da abertura de novos espaços focados em criatividade, estúdios, e boutiques com produtos de moda, beleza e design, incluindo algumas dedicadas a artesãos e pequenos produtores. Também serão lançados novos restaurantes e experiências voltadas para saúde e longevidade. Cada novo lançamento se conecta aos anteriores, reforçando ainda mais a missão de Matarazzo de oferecer experiências inesperadas, que estimulam todos os sentidos. Sempre com foco na regeneração, o objetivo é possibilitar o surgimento de um novo estilo de vida, que integre uma nova maneira de ser e de pensar.
Os elementos da Cidade Matarazzo são provenientes do Brasil e seguem práticas ambientalmente responsáveis. A preservação da história e arquitetura do local, a busca por operações neutras em carbono e a atenção aos detalhes, inspirada na perfeição da natureza, impulsionam cada aspecto do seu desenvolvimento, estabelecendo um novo padrão para projetos urbanos em todo o mundo. O projeto contou com dezenas de artistas brasileiros e de renomados profissionais, incluindo os arquitetos Jean Nouvel e Rudy Ricciotti, o designer de interiores Philippe Starck, além dos irmãos Campana, Spol Architects, entre outros. A Cidade Matarazzo gera mais de 1.000 empregos diretos (com perspectiva de 4.000 empregos até o final de 2025) e 3.000 indiretos, formando milhares de brasileiros aos padrões de excelência e “savoir faire” em todas as atividades realizadas.
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