Villa Guardamangia

O filho caçula da falecida Rainha, príncipe Edward e sua esposa Sophie, duque e duquesa de Edimburgo, estiveram em Malta em meados de outubro, quando prestaram homenagem às memórias felizes de seus pais durante visita à casa onde eles viveram entre 1949 e 1951.

Chamada de Villa Guardamangia, a propriedade é um exemplo clássico de uma casa de veraneio maltesa do século XVIII; uma das primeiras a ser construída nesta área do porto, em Valletta. A vila ergue-se  numa rua estreita no topo da colina Guardamangia, de onde se podia avistar o porto de Marsamxett, local de atracagem das fragatas da Marinha britânica. Hoje, Villa Guardamangia pertence ao Heritage Malta, a agência nacional de Patrimônio Histórico do governo de Malta, que é também a responsável por sua restauração.

De volta ao passado, enquanto servia em Malta, o príncipe Philip foi oficial da Marinha Real, primeiro-tenente do HMS Chequers e capitão do HMS Magpie. Villa Guardamangia é o único lugar fora da Grã-Bretanha em que um herdeiro do trono do Reino Unido residiu, e o único lugar fora do Reino Unido que a rainha descreveu como “lar”. Os moradores locais lembram como a jovem princesa ficava sentada, lendo à beira-mar enquanto seu marido trabalhava no HMS Chequers porque, em Malta, Elizabeth, com seus vinte e poucos anos e recém-casada, podia levar uma vida normal. Ela ia ao cinema e a um cabeleireiro local, escolhia suas próprias roupas, aproveitava piqueniques no campo, distribuía laranjas colhidas na propriedade aos moradores locais, nadava na praia de Sliema, a três milhas de sua casa e dirigia um humilde Morris Minor. E dançava muito nas festas da Marinha e também nas noites do Phoenicia Hotel, em Valletta.

A restauração da villa, iniciada em 2022, está prevista para durar cinco anos e devolverá ao edifício o mesmo aspecto que tinha quando o jovem casal real ali morou. Possui seis quartos, três banheiros, um grande salão, aposentos para empregados no térreo e, algo incomum em Malta, uma lareira na maioria dos cômodos.

O andar térreo abrigará comodidades gerais para visitantes e uma exposição com foco nas relações entre Malta e a Grã-Bretanha ao longo dos tempos, interpretando o contexto geral do motivo pelo qual a princesa Elizabeth e o príncipe Philip vieram para Malta em 1949. O primeiro andar será historicamente reconstruído como era quando o casal real residia nele em meados do século XX. O foco da exposição será na experiência humana do casal real em Malta.