Rota do Chá reacende turismo rural com produtores
e impulsiona o mercado do chá no Brasil
Evento conectou mais de 30 participantes a produtores de chá no Vale do Ribeira, elevando a bebida como elemento gastronômico e cultural do país. As inscrições para a edição de 2026 já estão abertas.
Realizada entre os dias 6 e 9 de novembro, com patrocínio da Qly Ervas e Expertease, a Rota do Chá celebrou seus 10 anos de atuação, conectando entusiastas da bebida a produtores de Camellia sinensis da região de Registro – SP. Criada por Yuri Hayashi, fundadora da Escola de Chá Embahú, em parceria com Renata Acácia, consultora e fundadora da Infusoria, a Rota do Chá levou 30 participantes vindos de todo o Brasil para vivenciarem a colheita, o beneficiamento e a cultura das famílias produtoras de chá brasileiro, todas descendentes de imigrantes japoneses.
As visitas aconteceram nas propriedades das famílias Amaya, Shimada e Yamamaru, responsáveis por diferentes métodos de cultivo, que produzem chás de alta qualidade e com perfis sensoriais únicos. A Amaya Chás, por exemplo, atua em escala industrial no Brasil, fornecendo matéria-prima para grandes empresas globais. No Sítio Shimada, o cultivo orgânico acontece junto à plantação de lichias, e no Yamamaru, a produção agroflorestal dentro da Mata Atlântica carrega a potência de árvores antigas.
“Esta edição especial de 10 anos consolida nosso trabalho junto a essas pessoas incríveis, resilientes e que acreditaram na evolução do chá como elemento gastronômico e que conta um pouquinho de suas histórias e origens”, afirma Renata Acácia.
Resgate de marca centenária, inauguração de fábrica e muitas surpresas
A abertura oficial da Rota do Chá 2025 aconteceu no Templo Budista Honpa Honwanji de Registro, com uma Cerimônia do Chá japonesa – a Chanoyu – conduzida por Vinícius Monfernatti com uma surpresa: o relançamento da marca Chá Ribeira, nascida em 1925, pela Amaya Chás.
Com quase 100 anos de história, o Chá Ribeira retorna ao mercado com os mesmos aroma e sabor pelos quais foi consagrado no passado. “O relançamento reforça o compromisso com a valorização da cultura agrícola regional e vai impulsionar novos caminhos para o turismo rural e a abertura de novas oportunidades de emprego”, afirmou Milton Amaya.
O local também foi palco de um fato histórico: o processamento de chá preto das primeiras mudas da variedade assamica no Brasil, trazidas em 1935, por Torazo Okamoto, cuja família, à época, era proprietária do Chá Ribeira.
Além disso, aconteceu também a inauguração oficial da fábrica do Sítio Yamamaru, que agora passa a beneficiar o chá no mesmo local com equipamento modernizado. No momento do anúncio, os participantes processaram chá preto com a condução de Yuri Hayashi e utilizaram o forno das instalações pela primeira vez. A mestre de chá Miriam Yamamaru se emocionou. “Quando colho na sombra, penso na minha mãe que colhia no sol e na chuva. Penso em como seria se ela estivesse aqui”.
No último dia, os participantes visitaram o Sítio Shimada e foram recepcionados pela matriarca, dona Ume Shimada, de 98 anos. Reconhecida como símbolo da resistência no universo do chá brasileiro, ela empreendeu aos 87 ao lançar sua própria marca de chá preto e, hoje, é inspiração para as novas gerações que tocam o negócio.
Vagas disputadas
A 10ª Rota do Chá acontecerá entre 12 e 15 de novembro de 2026 e já está com inscrições abertas, sendo que metade das vagas já estão reservadas. Interessados podem garantir sua vaga AQUI, lembrando que alunos da Escola de Chá Embahú e associados da AbChá (Associação Brasileira do Chá) têm condições exclusivas.
“A Rota se consolida, ano após ano, como uma potente ferramenta de fomento à cultura e ao turismo na região, fortalecendo os produtores, enaltecendo a origem geográfica do chá brasileiro e os saberes ancestrais dessas famílias. Quem participa deste encontro jamais enxerga o chá da mesma maneira”, afirma Yuri Hayashi, da Escola de Chá Embahú e criadora do evento.
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