Documentário revela como o ritmo do oeste do Pará transcende a música e a dança e se torna instrumento de resistência, educação ambiental e celebração da identidade cultural amazônica

“Onde o som dos tambores ressoa como a voz da natureza e a melodia das maracas une céu e terra. Onde, na dança, o giro das saias imita o fluxo dos rios, e o balanço dos braços evoca o voo dos pássaros”. É com essa essência que o documentário “O Carimbó da Amazônia”, dos diretores Adriana Farias e Maxwell Polimanti, estreia na 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes, no dia 1º de fevereiro de 2025, às 19h30, no Cine Petrobras na Praça, na histórica cidade de Tiradentes, em Minas Gerais.

Filmado nas regiões de Alter do Chão e Santarém, no Pará, a produção convida o público a descobrir a riqueza de uma manifestação cultural tradicional que pulsa como o coração da Amazônia, com suas histórias, ritmos, lendas, ancestralidade e elo com a natureza. A obra traz uma abordagem sensível e poética, transportando o espectador ao ritmo reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil desde 2014.

Por meio de depoimentos de mestres como Chico Malta e Hermes Caldeira, e do grupo feminino indígena Suraras do Tapajós, o primeiro do tipo no país, o curta-metragem revela como o carimbó fomenta o turismo na região e transcende a arte para se tornar um instrumento de resistência, educação ambiental e celebração da identidade cultural amazônica.

Assita ao trailer na página oficial da Mostra de Cinema de Tiradentes

O filme destaca ainda a crescente presença feminina nos tambores ao mostrar como as mulheres têm ressignificado e perpetuado essa tradição cultural. “A proposta foi fazer um filme que além de retratar a riqueza artística do carimbó, também destacasse sua essência como um modo de vida nascido da conexão entre seu povo e a floresta”, destaca a fundadora da produtora audiovisual DOC.HIT, Adriana Farias, que além da direção, também assina o roteiro, produção e pesquisa do documentário.

Para Maxwell Polimanti, diretor de fotografia, montador e também diretor da obra, “O Carimbó da Amazônia” é uma oportunidade de conectar o espectador a alma da Amazônia por meio de imagens que dançam ao ritmo dos tambores e da natureza.

Realizado com o apoio da Embratur, após ser selecionado entre mais de 400 propostas de todo o Brasil em um edital público, a obra conta com a parceria e a divulgação da GVA, em colaboração com o LPM.World e o Bureau Mundo.

“Como mulher e profissional que acredita no poder transformador da arte, sinto um imenso orgulho em apoiar um projeto tão significativo”, diz Gisele Abrahão, CEO da GVA. “Mais do que preservar uma tradição, ele amplifica as vozes femininas que mantêm essa cultura viva e a reinventam com novos significados. Iniciativas como essa fortalecem a identidade cultural do Brasil e evidenciam a potência da nossa arte para o mundo.”

Além das exibições de filmes, a 28ª Mostra de Cinema de Tiradentes, que ocorre de 24 de janeiro a 1º de fevereiro, oferece uma rica programação cultural com workshops, debates, oficinas, Cortejo da Arte, Mostrinha de Cinema e shows, reafirmando seu papel como um dos principais festivais do cinema brasileiro.

Serviço

• Filme: O Carimbó da Amazônia
• Data: 1º de fevereiro de 2025
• Horário: 19h30
• Local: Cine Petrobras na Praça, Tiradentes, MG
• Entrada: Gratuita

Saiba mais no site oficial

Ficha técnica

• Direção, roteiro, produção e pesquisa: Adriana Farias
• Direção, direção de fotografia e montagem: Maxwell Polimanti
• Elenco: Chico Malta, Hermes Caldeira e Leila Borari
• Empresa produtora: DOC.HIT Produções
• Realização/Distribuição: Embratur
• Divulgação: GVA Company, em colaboração com LPM.World e Bureau Mundo

Sobre os diretores

Adriana Farias é documentarista e jornalista, reconhecida com 16 prêmios e seis festivais internacionais de cinema, como FICA (Brasil), TRAFF (Europa, finalista melhor filme), SDGs Short Film Challenge (Nigéria/ONU), SINEVIZYON (Turquia, 2º lugar), MAGELLAN AWARDS (EUA, vencedor) e VIANATUR (Espanha). Entre suas realizações recentes destacam-se os filmes “Nossa Terra”, “Mato Grosso do Sul” e “Flor do Vale”, assinando a direção, roteiro, produção e pesquisa. Realizou mais de 30 produções documentais no campo dos direitos humanos, “true crime”, meio ambiente e ciência exibidas em canais como CNN Brasil, China Media Group, RedeTV! e RecordTV. Fundadora da DOC.HIT Produções, é formada em Jornalismo (PUC-SP), com especializações em Cinema Documentário (FGV) e em Globalização e Cultura (FESPSP). Acumulou ainda 12 anos de experiência em veículos, como Folha de S.Paulo, VejaSP e núcleo de especiais e investigações da RecordTV.

Maxwell Polimanti é diretor, diretor de fotografia e montador com mais de 20 anos de experiência no audiovisual, atuando em filmes de ficção, documentários, peças publicitárias, institucionais e videoclipes. Um de seus trabalhos ultrapassou a marca de 300 milhões de visualizações no YouTube. Recentemente, seu documentário “Nossa Terra” e o filme de ficção “Entre Sombras e Sonhos” foram selecionados para importantes festivais, como o FICA, SDGs Short Film, Lift-Off Filmmaker e SINEVIZYON. Em 2023, dirigiu e montou o documentário “Mato Grosso do Sul”, finalista na categoria de melhor documentário no Travel FilmFest, na Europa.