Viagem Pelas Capitais Brasileiras: Campo Grande

Série: Viagem Pelas Capitais Brasileiras

Nova Parada: Campo Grande

Com ampla área verde e uma importante preservação de sua cultura indígena, a capital sul mato-grossense soube se modernizar sem abrir mão de suas raízes

Nesta semana chegamos a Campo Grande, a capital do Mato Grosso do Sul, localizado no centro-oeste do Brasil e um dos estados brasileiros que mais se desenvolveram com o agronegócio.

Os mineiros que fundaram a cidade em 1872 por causa de seus amplos campos de pastagens e águas cristalinas, provavelmente não imaginavam que a cidade se tornaria uma das principais portas de entrada para o ecoturismo brasileiro. Localizada a cerca de 300 quilômetros de Bonito e de 420 quilômetros de Corumbá, a “capital” da região sul do Pantanal, Campo Grande recebe milhares de viajantes de todas as partes do Brasil e do mundo anualmente.

Fazendo jus ao “turismo verde”, Campo Grande conta com diversos parques e praças espalhados por todas as regiões, sendo uma das cidades mais arborizadas do país. Um dos mais bonitos parques da cidade é o Parque das Nações Indígenas, inaugurado em 1993. Com mais de 116 hectares de área verde e um belo lago, o parque oferece uma ampla gama de atividades esportivas e de lazer. Além disso, fica no interior do parque interessantes locais da arte e da cultura brasileira, como o Museu da Cultura Dom Bosco, o Museu de Arte Contemporânea e a Concha Acústica Helena Meirelles, onde ocorrem diversos concertos. A grande novidade do parque é o Bioparque Pantanal, também conhecido como Aquário do Pantanal, inaugurado em março deste ano. O complexo turístico conta com o maior aquário de água doce do mundo, com quase 5 milhões de litros de água, onde o público pode aprender e apreciar os peixes típicos do ecossistema pantaneiro, além de outros ecossistemas de água doce também. Ao todo são mais de 400 espécies de peixes, distribuídos em 150 tanques de água doce. O programa é um dos mais interessantes da capital sul mato-grossense, especialmente para crianças e jovens que aprendem em meio a muita diversão.

Campo Grande também é uma das capitais de maior concentração indígena do Brasil, sendo a Reserva Indígena Marçal de Souza, do povo Terena, a maior da capital sul mato-grossense e a única aldeia urbana do país. Nessa reserva foi instalado o Memorial da Cultura Indígena, um centro cultural que enaltece a cultura indígena em uma área de 340 metros quadrados. As estruturas feitas em bambu e cobertas de palha dão um charme especial a esse centro cultural, em cujo interior podemos encontrar exemplares de cerâmica Terena, artesanatos em palha e outros objetos indígenas. Visitar uma verdadeira aldeia indígena, é uma experiência memorável de Campo Grande, uma cidade moderna que mantém as suas raízes.

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Foto: Parque das Nações Indígenas – divulgação